Com lucros elevados, que variam de 18% a 24% ao ano, e a segurança de aportar no setor imobiliário, um dos mercados mais tradicionais e sólidos do país, as cotas de empreendimento se mostram bastante vantajosas do ponto de vista do investidor.

Mas e as construtoras, por que optam por este modelo para financiar seus projetos? A resposta está na praticidade que a modalidade traz. Confira a seguir as vantagens das cotas para as empresas na comparação com os financiamentos bancários.

Burocracia que atrapalha

Antes de dar início a uma construção, é preciso desembolsar um grande volume de recursos para comprar terreno, adquirir insumos, pagar taxas necessárias para a regularização do projeto, contratar mão de obra, entre outras coisas. Para tanto, as construtoras contam com duas opções. A primeira são os financiamentos através dos bancos.

Por um lado, estas instituições oferecem boas taxas e prazos mais longos de pagamento. No entanto, toda a burocracia e o tempo necessário para a análise das documentações faz com que o capital demore a ser liberado. Por este motivo, é uma opção mais indicada para projetos de longo prazo, caso contrário há o risco de o dinheiro demorar a sair e resultar no atraso das obras.

Recurso na mão mais rápido

Como o tempo geralmente é dinheiro, muitas construtoras passaram a buscar meios de agilizar esse processo e escapar das complicações trazidas pela relação com os bancos. E a saída encontrada foi coletar recursos junto a investidores por meio das cotas de empreendimento.

Deste modo, as empresas conseguem levantar o capital necessário para dar início aos trabalhos até que todas as exigências bancárias sejam cumpridas e o financiamento saia. Isso significa que a obra terá sua conclusão mais cedo e as unidades poderão ser vendidas e entregues antes, o que impacta diretamente no sucesso do projeto.

Boa para construtora e para o cotista

No final das contas, agilizar o processo é tão vantajoso que a construtora opta por remunerar bem os cotistas para tornar o investimento atrativo. Isso é feito oferecendo a eles a possibilidade de pagar pelo valor de construção do metro quadrado.

No caso de imóveis negociados no bairro paulistano da Mooca, por exemplo, o custo de construção é de cerca de R$ 6 mil o m², mas o apartamento será vendido lá na frente pelo preço de mercado, que gira em torno de R$ 9 mil o m² na mesma região. E é justamente essa diferença de valores que garante um bom lucro ao investidor logo na entrada.

Apesar de antigas no mercado imobiliário, até pouco tempo atrás as cotas de empreendimento ficavam restritas a investidores milionários, pois as construtoras achavam mais prático lidar com um número limitado de pessoas para facilitar o gerenciamento. Felizmente, este cenário vem mudando, e hoje já é possível encontrar opções de investimento a partir de R$ 10 mil.