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Novas regras de programas habitacionais aquecem mercado e favorecem cotistas

  • setembro 29, 2022
  • por admin

A necessidade de aumentar a taxa Selic para combater a inflação traz desafios para todos os setores da economia. Afinal, juros mais elevados dificultam o consumo da população, especialmente quando é preciso recorrer a crédito de longo prazo, como é o caso do mercado imobiliário.

Apesar disso, o segmento vem mostrando força e os financiamentos habitacionais devem fechar 2022 com o segundo maior montante da história, movimentando quase R$ 250 bilhões segundo projeção da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) divulgada no fim de agosto.

Dentre as razões para o momento positivo estão o elevado déficit habitacional, que leva as pessoas a buscar moradia mesmo em meio a crises; a confiança do brasileiro no setor imobiliário, cuja segurança e rentabilidade historicamente atraem investidores; e as novas regras do Casa Verde e Amarela e do Programa de Habitação Popular da Caixa, que devem favorecer a inclusão e facilitar o acesso à moradia, movimentando todo o setor.

 

Acesso e condições facilitadas

No caso do programa mantido pela Caixa Econômica Federal, a participação, que antes era limitada a famílias com renda mensal de até R$ 7 mil, agora vai incluir grupos familiares que recebem até R$8 mil por mês.

Além disso, a instituição anunciou a diminuição de um ponto percentual na taxa de financiamento de imóveis com valor até R$ 350 mil, e de meio percentual no caso de propriedades acima deste patamar. As regras valem para contratações até 31 de dezembro.

Já o Programa Casa Verde e Amarela ampliou o prazo limite de financiamento de 30 para 35 anos. Outra medida anunciada pelo governo foi a permissão de que os recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) possam ser usados como garantias das prestações.

 

Mercado aquecido

Na prática, a elevação dos limites de renda permite que mais pessoas contem com essa opção de financiamento na hora de adquirir uma propriedade. Por outro lado, a redução das taxas de juros e a ampliação do prazo para 35 anos vão contribuir para que os brasileiros paguem parcelas menores, facilitando o acesso ao programa em um momento de inflação elevada.

Em resumo, o conjunto de medidas deve estimular o mercado imobiliário e mantê-lo aquecido ao longo segundo semestre deste ano e em 2023 também. Trata-se de uma ótima notícia para o investidor de cotas de empreendimento. Afinal, a rentabilidade desta modalidade de investimento, que varia entre 18% e 24% ao ano, está diretamente ligada ao sucesso da venda das unidades. Ou seja, quanto mais facilmente os imóveis de um projeto são negociados, maior a segurança e o lucro do cotista.