Para boa parte das pessoas, comprar na planta é o grande negócio do mercado imobiliário. Afinal, espera-se que o patrimônio sofra uma valorização importante no ato da entrega. No entanto, o que poucos sabem é que, mesmo quando ainda está no projeto, as construtoras já cobram o valor de mercado do metro quadrado.

Nesse sentido, as cotas de empreendimento surgem como uma alternativa interessante. Afinal, elas permitem que você pague pelo valor de construção, o que já garante uma base de lucro logo na entrada do investimento, independentemente de como o mercado se comporta até a conclusão das obras. Veja a seguir um comparativo entre estas duas modalidades para ajudar na escolha do melhor lugar para aportar seu capital.

Tributos fazem a diferença

Além da questão do lucro na entrada, outro ponto que diferencia as duas alternativas são os tributos. Quem opta por comprar imóvel na planta precisa pagar vários impostos sobre o ganho de capital, tanto para vender quanto para alugar. Ou seja, quem investe neste modelo demora até 18 anos para recuperar seu capital. Sem falar que a média de rentabilidade anual de um valor de aluguel tem sido de apenas 6%.

Já as cotas de empreendimento são isentas de tributos, pois o investidor recebe seus lucros na forma de dividendos, sobre os quais não incide o Imposto de Renda no Brasil. Para completar, a rentabilidade média desta modalidade é bem mais elevada, girando em torno de 18% e 24% ao ano.

Pesquisas e precauções

Em ambos os casos, é importante pesquisar o local do empreendimento, os serviços disponíveis, segurança e custo de vida da região, entre outros fatores. Eles dão pistas de como o valor de mercado do imóvel pronto deve se comportar no futuro próximo, tendo em mente que as construtoras levam em média até três anos para concluir os trabalhos. Porém, como no caso das cotas a pessoa já entrou em vantagem por pagar pelo preço de construção, esse fator terá um peso menor no resultado do investimento.

Outro ponto que aqueles que compram na planta devem ficar atentos é se as promessas feitas pelos corretores de plantão estão presentes no contrato, para que você não seja surpreendido por uma unidade com revestimentos trocados, má qualidade do acabamento, entre outras coisas. Além disso, é recomendável investir em um projeto imobiliário que já esteja aprovado pelos órgãos públicos, para evitar embargos, que geram atrasos.

Qual modalidade se sai melhor?

Uma das maiores vantagens das cotas de empreendimento é justamente as facilidades que elas trazem para o investidor. Isso acontece porque o cotista usa os recursos e conhecimentos especializados da construtora a seu favor, incluindo todo o processo de construção da incorporadora, seu time de marketing e a equipe comercial.

No fim das contas, ao se pesar todos os fatores, como lucratividade média, impostos envolvidos e o tempo necessário para se pesquisar e acompanhar cada investimento, elas se mostram muito mais práticas e rentáveis, além de envolver menos riscos e demandar menos conhecimento do que comprar um imóvel na planta para alugar ou revender.